12 de abril de 2012

A Patologia do Tecnicismo e Informacionismo - Seria o fim dos questionamentos humanos?

         Eis que surge os novos modos de produção: as máquinas trabalham sem parar, a produção se torna fragmentada e reificada, de modo que o processo se torne mais rápido e tantos outros fatores que poderíamos expor aqui, mas já estamos saturados de saber de tudo isso. Assim nasceram também as grandes críticas à esse sistema de produção com relação à destruição da natureza pensante do homem, como nos escritos de Marx, Engels, Gramsci e outros, quase sempre de esquerda via de regra (hahaha). E como eu disse, não vou continuar martelando nisso sendo que só esses três filósofos que citei escreveram "bíblias", "alcorões" e "sumas teológicas" sobre esse assunto, mas se alguém ainda não tiver conhecimento do que dissemos acima assista o filme Tempos Modernos do Chaplin que terá uma ótima ilustração do que acabamos de apresentar. Ora pois, tudo isso foi dito para se chegar a um ponto: o que estamos vivendo. 
    Costumo dizer que a filosofia, desde sua gênese grega (como ocidentalmente a conhecemos) tem pulado de sistemas em sistemas, sendo guiada pelas suas questões inquietantes, e de certa maneira irritantes ("o povo que não para de fazer perguntas" já dizia um saudoso aluno meu). 
       Fugimos do mito grego, caímos então no cristão. Aconteceu então o grande apogeu da razão humana com o iluminismo protestante e o racionalismo de Descartes: a supervalorização da pensamento humano e o criticismo kantiano.
         Podemos dizer também, apoiados por Rousseau, Marx e Engels, que a partir daí o homem abraçou o capital, as futilidades e os narcisismos. Assim cumpre-se uma profecia feita pelo grande pensador Bigode (Nietzsche) - sendo só uma adaptação de sua fala para deixar mais belo e poético o corpo de tal texto tão desnudo de conceitos profundos - quando disse que Deus (ou deus) está morto e que o homem coloca em seu lugar seus anseios.
         Não sei se eu seria muito precipitado em dizer que sem deixar nosso ego inflado de lado também abraçamos uma patologia linda aos olhos: o tecnicismo e informacionismo (digo isso pois ainda não sou Dr. portanto não possuo titulação para expor minhas idéias e muito menos criar termos como esse que acabei de vos citar: o informacionismo. Sou apenas um reprodutor de pensamentos prontos por enquanto, pois sou acadêmico, mas deixa eu ser PhD pra você vê só HAHAHA).
          Mas voltando ao que interessa, e nem sei se interessa tanto assim, o problema é: o fordismo ferrenho já passou, e até para produzir é necessário uma capacitação intelectual (ops, os tecnocratas me perdoem pelo erro no termo aplicado, é capacitação profissional), mas não seria esse tecnicismo e essa busca por informação pronta - respostas imediatas - uma estrada que vai à contramão da própria supervalorização da razão que nós herdamos dos engomados pensadores franceses e ingleses, que se dedicaram tanto a esse belo termo - a racionalidade - diante de suas belas lareiras acesas em suas bibliotecas em noites frias de ócio criativo na Europa?

"Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas."
Voltaire

          Bom, uma vez que um dos grandes pensadores da história proferiu essa singela e profunda afirmação devo calar-me agora, pois não quero ser julgado por nenhuma respostas que eu apresente, mas deixo as provocações que aqui fiz para serem pensadas - não no plano abstrato e sistemático, pois talvez esse assunto já seja objeto de diversas discussões hoje em dia, mas como forma de reflexão prática (práxis) que tanto faz falta, venhamos e convenhamos, em toda a história da filosofia. E também cessarei por aqui minhas considerações, pois como já disse "ainda não sou Dr. portanto não possuo titulação para expor minhas idéias".

PELOGIA, Thiago. (pelo menos citar meu nome assim eu posso pois já tenho curriculum lattes)

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