15 de julho de 2012

Ser ou não ser: O que vale mais?


      "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para suas crianças e seus adolescentes. Não é o Produto Interno Bruto. É a capacidade do país, do governo, e da sociedade de proteger o seu presente o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes"

      Nossa saudosa presidente - ou presidenta, não sei mais qual dos dois dizer - pronunciou tal afirmação durante a 9ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente após críticas em relação ao baixo crescimento do PIB no Brasil. Sobre PIB vamos voltar um pouco no tempo e relembrar os pronunciamentos do governo no início do ano em relação às expectativas do crescimento do PIB no país.
      No início do ano fora estipulado que o país cresceria 3% em relação ao PIB do ano de 2011 que atingiu R$ 4,143 trilhões. Após alguns meses desse primeiro semestre do ano de 2012 o governo declarou, após o surgimento de algumas críticas, que o país cresceria ao menos o mesmo tanto que o ano de 2011, que fechou taxa de crescimento de 2,7 em relação ao ano anterior (2010). E após uma revisão feita em junho veio a declaração que o país cresceria 2,1 em sua economia nacional (CNI - Confederação Nacional da Indústria).

    Diante disso coloco-me a pensar: seria o Brasil, grande potência econômica, grande promessa  como um país em ascensão, o tal país emergente; seria ele realmente uma grande promessa, ou seria apenas mais um brilhante trabalho de marketing, como a vinda daquele jogador japonês, Zizao, ou sei lá o que, para o Corinthians? Melhor dizendo, o que vale mais: ser ou não ser essa potência econômica? Melhor ainda: devemos nos preocupar como o PIB ou com o país? Não sei se o PIB pode ser visto como uma base. Acho que os valores estão um tanto quanto trocados: não seria o PIB uma consequência dos atos realizados no país? 
      Estar fixado demais em estipular o quanto a  economia do país vai crescer durante o ano e depois fazer algo para que ela cresça me parece uma bestialidade não? Números não enchem barrigas, e muito menos tiram o país da pobreza. E nem sei se PIB alto é sinônimo de boa vida no país... As vezes esses termos se apresentam de modo até mesmo contraditório.
      Claro, nossa presidente(a) foi oportunista e popular ao pronunciar tais palavras, ainda mais ao falar de seu já conhecido discurso sobre a erradicação da miséria e seu empenho no futuro dos jovens e crianças.  Ponto para ela! Mas não quero discutir economia nem os direitos da criança e do adolescente, e sim provocar: O que realmente é um país de primeiro mundo? Não estaríamos andando a contramão do progresso ao buscarmos por números no PIB? 

     O que vale mais: o ouro ou a prata, o pingado ou o pão?  Acho que em alguns momentos o pingado ou o pão é mais valioso!

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