8 de junho de 2014

O sentido de não ter sentido


Qual é o sentido da vida?
Acho que essa é uma das perguntas mais clichês que recorrem pelas bocas da humanidade até os dias de hoje. Desde que o homo sapiens se estabeleceu no mundo acredito que essa dúvida paire pelas conversas de boteco, cultos religiosos e congressos científicos, claro cada um com nível de profundidade e embasamento para discussão do assunto.
O ser humano tem como busca pessoal querer dar um sentido para o que faz. Tudo tem que estar fundamentado em cima de uma causa, ter sempre um por que de ser fazer. Com a vida em si não se é diferente, estamos sempre buscando um sentido para a vida. O sentido da vida é ser feliz para uns, o sentido da vida é adorar a um deus para conseguir uma recompensa em um possível outro mundo para outros, o sentido da vida é viver em comunhão com a natureza para alguns e assim vai, cada ser busca seu próprio sentido e vai se vivendo até o derradeiro fim.
A única coisa que a maioria das pessoas não conseguem absorver é que a vida não possui sentido algum. A vida não possui um sentido, cada um coloca seu conceito de sentido para a vida e o persegue. Somos uma ínfima parte do universo, menor que um grão de areia na praia, um pequeno pedaço replicante de um todo tão grande, mais tão grande, que não conseguimos entender que a vida não tem um sentido fixo.
Temos teorias que postulam como o universo começou, temos teorias de física quântica que falam sobre a singularidade em buracos negros, sobre a relatividade entre tempo e espaço e sobre um gato que você não sabe se vai estar vivo ou morto até que você abra a caixa e, nesse meio tempo, ele está meio vivo e meio morto. Essa teorias nos explicam as bases mais pequenas e operantes do universo e como isso se aplica na gente, como chegamos até aqui e reforça mais ainda, a vida não tem sentido. Somos fruto de diversas ações randômicas, meras casualidades, e vamos embora através da mesma casualidade. Sem fatalismo, sem destino, só o aleatório. O universo não tem nenhuma obrigação de fazer sentido para nós disse o astrofísico Neil deGrasse Tyson e a vida não é obrigada a ter sentido nenhum para nós também. Vai lá, busque seu sentido para vida, mas não se esqueça: “ O sentido da vida é não ter sentido”.

3 comentários:

  1. Concordo, acho que muitas vezes transformamos em verdades absolutas aquilo que somos levados a crer, digo que somos levados a crer porque na maioria dos casos não conseguimos perceber que temos opções, uma vez que estamos impregnados de fatores axiológicos determinados transcendentalmente pela nossa cultura.

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  2. Caramba! Adorei seu texto Diego! Tenho um pensamento muito parecido. Abraços!

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  3. Muito interessante o texto feito pelo Diego Contiero, deixa bem explicado,e passa uma visão muito boa sobre "O sentindo da vida"

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