Boa noite a todos!
Todo cidadão deveria ao menos, tentar entender este discurso ou então, ter capacidade para lê-lo. Etienne bate de forma acentuada no tema do discurso e expõe perguntas de respostas tão óbvias que faz acreditar que o ser humano tem algo de "ser dominado por uma força maior e intocável"."Que nome se deve dar a esta desgraça? Que vício, que tristevício é este: um número infinito de pessoas não a obedecer, mas aservir, não governadas mas tiranizadas, sem bens, sem pais, sem vidaa que possam chamar sua? Suportar a pilhagem, as luxúrias, ascrueldades, não de um exército, não de uma horda de bárbaros,contra os quais dariam o sangue e a vida, mas de um só? Não de umHércules ou de um Sansão, mas de um só indivíduo, que muitas vezesé o mais covarde e mulherengo de toda a nação, acostumado nãotanto à poeira das batalhas como à areia dos torneios, menos dotadopara comandar homens do que para ser escravo de mulheres?"
Como dizia Manuel J. Gomes, importante tradutor de La Boétiepara o português:“Se em 1600 era tarefa difícil escrever um prefácio a La Boétie,hoje não é mais fácil. Hoje como nos tempos de La Boétie eMontaigne, a alienação é demasiado doce (como um refrigerante) e aliberdade demasiado amarga, porque está demasiado próxima dasolidão. E da loucura.”
Vou deixar o link para o discurso e digo: Vale cada página de leitura.
http://www.culturabrasil.org/zip/boetie.pdf
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