9 de julho de 2013

Discurso Sobre a Servidão Voluntária

Boa noite a todos!

Sempre me fiz a mesma pergunta que Etienne de La Boétie em seu Discurso Sobre a Servidão Voluntária:

"Que nome se deve dar a esta desgraça? Que vício, que triste 
vício é este: um número infinito de pessoas não a obedecer, mas a 
servir, não governadas mas tiranizadas, sem bens, sem pais, sem vida 
a que possam chamar sua? Suportar a pilhagem, as luxúrias, as 
crueldades, não de um exército, não de uma horda de bárbaros, 
contra os quais dariam o sangue e a vida, mas de um só? Não de um 
Hércules ou de um Sansão, mas de um só indivíduo, que muitas vezes 
é o mais covarde e mulherengo de toda a nação, acostumado não 
tanto à poeira das batalhas como à areia dos torneios, menos dotado 
para comandar homens do que para ser escravo de mulheres?"
 Todo cidadão deveria ao menos, tentar entender este discurso ou então, ter capacidade para lê-lo. Etienne bate de forma acentuada no tema do discurso e expõe perguntas de respostas tão óbvias que faz acreditar que o ser humano tem algo de "ser dominado por uma força maior e intocável".

Como dizia Manuel J. Gomes, importante tradutor de La Boétie 
para o português: 
 “Se em 1600 era tarefa difícil escrever um prefácio a La Boétie, 
hoje não é mais fácil. Hoje como nos tempos de La Boétie e 
Montaigne, a alienação é demasiado doce (como um refrigerante) e a 
liberdade demasiado amarga, porque está demasiado próxima da 
solidão. E da loucura.” 

Vou deixar o link para o discurso e digo: Vale cada página de leitura.

http://www.culturabrasil.org/zip/boetie.pdf

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