Quantas pessoas
gostariam de saber quanto tempo de vida ainda lhes restam? Quem nunca previu,
por intermédio da imaginação, o futuro? O que nos reserva o amanhã? Desvendar o
futuro, ou vivenciar o presente?
Recentemente deparei-me com uma pessoa, bastante próxima,
que me relatou ter ido consultar-se com uma vidente; (ou seria cartomante?)
segundo ela, a velha mulher discorreu sobre seu passado, sua situação atual e
sobre seu futuro, em questões referentes à saúde, família, relacionamento e
trabalho. E disse-me ainda que as previsões estariam pouco a pouco se
confirmando.
Eu que desconfio até da minha sombra, nunca acreditei
nesse tipo de serviço, mas momentaneamente pensei em ir também, ter com a
vidente. Contudo, pensei cá eu com meus botões: saber o que vai me acontecer?
Que chatice, iria passar meus próximos dias esperando ocorrer um fato que nem
me foi revelado seu quando? O fato previsto poderia chegar-me dali a uma
semana, um mês, um ano, uma década... Minha pessoa ansiosa teria de esperar por
todo esse tempo? Bobagem, melhor então não sabê-lo, do que viver aspirando um
acontecimento sem saber quando este se dará. E se o previsto fosse minha morte
em um acidente fatal? Nunca mais sairia de casa?
Prefiro acreditar que a partir das revelações ouvidas, a
pessoa que as me confidenciou, começou a criar oportunidades para que essas
revelações acontecessem.
É melhor plantar no presente atual para colher num
presente futuro. O futuro, pra quê sabê-lo? Nunca o vivenciei, o futuro nunca
chega, uma vez que o amanhã sempre será o amanhã, só vivemos o hoje, e todo
amanhã se tornará o hoje, assim como todo o hoje se tornará o ontem.
Talvez o presente se chame assim por ser o único presente que nos é dado pela vida de modo gratuito: as possibilidades!
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